Por Jeferson Dahmer
Analisando as circunstâncias históricas que culminaram no levante da espada por Dom Pedro I, posso afirmar com certa certeza que este não é o dia da Independência do Brasil*.
Analisando as circunstâncias históricas que culminaram no levante da espada por Dom Pedro I, posso afirmar com certa certeza que este não é o dia da Independência do Brasil*.
A
independência do Brasil é conquistada, antes de tudo, a cada dia por
brasileiros e brasileiras que trabalham cotidianamente construindo o PROGRESSO,
de uma pátria que se consolida economicamente, de cidadãos que lutam duramente para
equilibrar as contas e adquirir bens e serviços com uma alta carga tributária
incidente. Que ao invés do lema progressista da ORDEM, encontra na grande
maioria das vezes desordem traduzida em escândalos políticos, esquemas de
corrupção, serviços públicos de baixa qualidade, ineficiência na aplicação dos
recursos...
É
conquistada por professores que, das escolas às universidades, buscam trabalhar
por um ideal de transformação social, conscientizando e colocando à disposição
de uma nação lideranças que promovam a melhoria da qualidade de vida, a
transformação das realidades do país e a vivacidade da atividade econômica.
Formando jovens que amanhã ocuparão os espaços que se traduzem em
independência.
É
“administrada” por instituições públicas e privadas que necessitam ter um olhar
mais sistêmico, reconhecendo as diversidades culturais, os potenciais criativos
e a energia que emana do coração dos brasileiros, traduzindo isso em políticas realmente
públicas e não em planos de governos que deixem registrada a marca do candidato
X, Y, ou Z. A marca a ser deixada é a da transformação social e política, que já
avançou consideravelmente, mas necessita ir além.
A
responsabilidade por esta transformação não recai apenas sobre os gestores
destas instituições. Cidadão, acorde! Cidadania e Independência são conquistas
quando vamos às ruas e nos mobilizamos independentemente ou organizados em
movimentos e organizações sociais, lutando para que mazelas políticas e
péssimos resultados sejam evitados. O país é de todos nós e não de alguns
poucos! Temos a responsabilidade de torná-lo independente a cada dia, de
construí-lo a cada dia, de (re) direcioná-lo a cada dia.
Somos
o país do futebol, do carnaval, da copa de 2014, da olimpíada de 2016, um país
tropical e abençoado por Deus, como diz o poeta. Nosso povo singular, formado
pelas mais diferentes culturas, formando uma nação incrivelmente grandiosa, que
é construída a cada dia com a dignidade, determinação e a esperança de cada
brasileiro... Isso é ser INDEPENDENTE.
Terra
de paradoxos e contradições! Este é o nosso BRASIL!
*Uma rediscussão sobre a nossa história pode ser encontrada nos livros o“Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil”, de Leandro Narloch, “1808”e “1822”, de Laurentino Gomes, além do romance de Javier Moro, “O Império é Você”, que fala da vida de Dom Pedro I.
Outra obra, “História do Brasil vira-lata”, de Aurélio Schommer, será lançada no próximo dia 19 de setembro e abordará as razões históricas da tradição autodepreciativa brasileira e promete desmistificar alguns pontos de nossa história. Veja entrevista com o autor na TV Bahia
Outra obra, “História do Brasil vira-lata”, de Aurélio Schommer, será lançada no próximo dia 19 de setembro e abordará as razões históricas da tradição autodepreciativa brasileira e promete desmistificar alguns pontos de nossa história. Veja entrevista com o autor na TV Bahia
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